Trinta professores da rede estadual de ensino, de 30 municípios, farão curso de capacitação Língua Brasileira de Sinais (Libras), em agosto. Eles trabalharão em escolas com alunos deficientes auditivos. Segundo informações da coordenadora de Apoio às Instituições Especializadas da Secretaria Estadual da Educação e Cultura (Seduc), professora Fátima Melo, a capacitação é parte do esforço de interiorização da Libras.

O trabalho faz sentido, considerando que, segundo estatísticas, cerca de 17% da população têm algum tipo de deficiência e devem ser incluídos na sociedade. “Mesmo que alunos deficientes não estejam em algumas escolas, tanto professores como as próprias escolas devem estar preparados, porque certamente se depararão com esses alunos”, afirmou.

Ela disse que, às vezes, pais não matriculam alunos especiais por acharem que não há professores ou escolas preparados. “Estamos trabalhando para que esse quadro se reverta”, disse. Em Teresina, o estabelecimento de ensino estadual com maior número de alunos especiais é a Unidade Escolar Paulo Ferraz.

As turmas são diferenciadas, com alunos integrados, alunos de classe especial e alunos de sala de recursos. Alunos integrados são deficientes auditivos que estudam com os demais, em salas comuns. Os de classe especial são aqueles que não têm condições de estar integrados, e os de sala de recursos se encontram em salas comuns, mas recebendo apoio pedagógico especializado.

Alunos com deficiência auditiva e visual têm atendimento paralelo. O objetivo é que se desenvolvam até o nível dos demais alunos. A capacitação que vai começar em agosto cumpre orientações do Governo do Estado para que alunos com deficiência sejam efetivamente incluídos na sociedade.