Criar uma nova ferramenta para dar mais possibilidades de leitura aos deficientes visuais. Este é o objetivo de uma nova tecnologia o Mecdaisy um programa produz o livro digital falado.  Para isso o Ministério da Educação está realizando capacitações em todo o país para que o Centros de Atendimento Pedagógicos à Pessoa com Deficiência Visual - CAPs tenham pessoal qualificado para utilizar a nova ferramenta na produção dos livros digitais. Neste momento estão sendo realizados treinamentos com professores e técnicos dos  55  CAPs de todo o Brasil. Daniela D’Ávila, consultora da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação,  explicou que este trabalho teve inicio em junho do anos passado com o lançamento do livro digital falado.

Os livros digitais falados poderão ser gravados em CDs, pendrives, nos computadores, e poderão ser levados para qualquer lugar.  “Está é uma vantagem deste sistema em relação ao Braille, porque o aluno com deficiência poderá manusear seu livro de uma forma mais prática e ocupando menos espaço”. Para se ter uma idéia uma obras que teria quatro volumes em Braille cabe em um único CD ou DVD. “Mas isso não significa que o Mecdaisy vai substituir o Braille, programa é um novo recursos para facilitar a vida da pessoa com deficiência”, alertou a consultora.

Para Daniela a vantagem deste sistema é que está sendo montado um grande banco de dados com livros digitais falados. “ Um grande acervo de livros digitais falados, que poderão ser acessados pelos CAPs ou pelas pessoas com deficiência visual que possuam o Mecdaisy”. Todos os estados poderão produzir os livros e encaminhar para o banco de dados. Como os livros didáticos das escolas públicas são padronizados isso permite que haja uma troca de material digitalizado de uma maneira mais prática.

Para Leonardo Pereira da Silva,  deficiente visual, que trabalha no CAP como professor de informática o Mecdaisy dá uma nova opção para que a pessoa com deficência visual tenha acesso a leitura de um livro de uma forma mais praticas, “mais uma alternativa e complemento ao Braille”.

O professor Endomarques Silva, que também trabalha no CAP ressaltou a importancai desta nova ferramenta tecnológica no aprendizado e no desenvolvimento educacional da pessoa com deficiência visual.

A diretora do Centro de Apoio Pedagógico professora Lila Carvalho disse que o este projeto vai mais além. Ele irá contemplar 15 alunos do CAP com notebooks que eles utilizarão nas suas atividades pedagógicas “ele vão ficar com os equipamentos enquanto estiverem cursando o ensino médio”. Novos computadores serão instalados nos CAP para suportar a demanda na produção do livro digital falado.