Por Aline Moreira

Gestores públicos, representantes de entidades não governamentais e pessoas com deficiência lotaram o centro social João XXIII, na cidade de Paulistana, 460 km, em mais um ciclo de palestras realizadas pela Coordenadoria Estadual para integração da Pessoa com Deficiência (Ceid).

O objetivo das palestras, segundo o coordenador de acessibilidade da Ceid, Mauro Eduardo, é levar a toda população do Estado informações sobre os direitos das PCDs e políticas públicas voltadas a esse segmento. “Isso é acessibilidade, unir informação a trabalho de fato para a pessoa com deficiência”, falou.

Cinco palestras foram proferidas por técnicos da Ceid, Sasc e Sesapi, abordando temas como: Política estadual de inclusão a pessoa com deficiência, Acessibilidade e conselhos de direitos, Projetos de Atenção a PCD, Prevenção de Deficiências e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O ciclo foi uma solicitação da Associação da Pessoa com Deficiência de Paulistana e Região, já que o município possui uma grande incidência de deficiência, especialmente por conta dos casamentos consangüíneos freqüentes e muitos não sabem como adquirir seus direitos por falta de informações.

O evento colheu frutos, logo de imediato. Em uma das palestras, a assistente social da Sasc, Janaína Lucélia, explicou como adquirir o BPC, um benefício garantido por lei a PCDs e idosos com idade acima de 65 anos, com uma renda mensal de um salário mínimo, se estes comprovarem que são incapazes de trabalhar e que possuem renda familiar per capta igual ou inferior a ¼  do salário mínimo.

Durante a palestra sobre a criação de conselhos de atenção e defesa de PCDs, a assistente social do município, Vânia Marta, explicou que está em fase de construção um conselho na cidade. “A idéia de criar um conselho aqui surgiu depois que participamos da Conferencia Estadual da PCD. A partir deste conselho, as pessoas com deficiência daqui terão muito mais atenção do poder público, inclusive na questão financeira teremos mais visibilidade”, disse.

O prefeito Luis Coelho afirmou que apoiar entidades e associações ligadas a esta causa não é um simples favor, mas uma obrigação dos gestores. “Precisamos integrar estas pessoas na sociedade com o respeito que de fato elas precisam receber e isto deve se feito desde a construção e rampas a inclusão no mercado de trabalho. A sociedade precisa entender que eles não podem mais ser excluídos como inúteis. Felizmente estamos em uma época de modernização e ampliação da políticas públicas voltadas para este setor”, declarou.

Após as paletras a equipe da Ceid fez um debate sobre os temas discorridos para elucidar possíveis dúvidas dos participantes.