Mães fundam Instituto para atender pessoas com paralisia cerebral
09/07/2006 - 00:09:39  
  
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Por Elza Muniz

Aconteceu neste sábado, 8, na Casa dos Conselhos, a assembléia de Fundação do Instituto Panda. Trata-se de uma organização social que  tem como propósito atender pessoas com paralisia cerebral (distúrbio da eficiência física). A organizçaõ foi  criada por mães que são atendidas no centro de equoterapia mantido pela Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Ceid).

Para os fundadores do instituto o que motivou sua criação foi a necessidade de informação e apoio para quem convive com a paralisia cerebral. “Nos unimos para fazer esse projeto por sentir na pele a necessidade de um ponto de apoio às mães que convivem com a paralisia cerebral na família”, justifica a presidente do Instituto, Jenuária Gonzada, explicando a escolha do nome do instituto. “O panda nasce frágil e com enormes dificuldades para sobreviver precisando do  alento e proteção da mãe, mas depois torna-se um animal belo, forte e meigo”, explica.

Todos os sócios fundadores do Instituto têm em comum um parente com paralisia cerebral. Gilmara Costa é uma delas. “Vim descobri que meu filho tinha paralisia cerebral depois de sete meses de nascido era uma criança toda mole diferente dos outros. O mais difícil não é descobrir que o seu filho tem esse tipo de comprometimento mas enfrentar o preconceito e a falta de orientação”, diz a mãe de Edson do Nascimento, que tem cinco anos.

“Foi pensando nas mães mais carentes cujos filhos precisam de tratamento e de orientação que criamos o Instituto. Uma das funções do Instituto é ajudar as mães aceitar a condição e a alegria de ter um filho com paralisia cerebral”, diz a vice-presidente do Instituto, Rosimery de Oliveira. 

A coordenadora da Ceid, Rejane Dias, foi uma das convidadas para ser a sócia fundadora do Instituto. Ela tem uma filha (Daniele), de oito anos, que nasceu com paralisia cerebral. Esse tipo de deficiência é um dos focos do maior empreendimento já feito na área de reabilitação  no Piauí: o Centro Integrado de Reabilitação, que está sendo construído em frente a maternidade Evangelina Rosa.

A presidente da AMA, Helena Lima, representou a coordenadora da Ceid, Rejane Dias, na solenidade. “Quando nasce uma entidade, nasce uma esperança, as entidades são para as pessoas com deficiência o porto seguro de cada um e não é fácil manter-la mas estamos aqui para apoiar”, afirmou a presidente da Associação dos Autistas.