CIES promove inclusão social
03/12/2007 - 00:12:15  
  
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Por Erica Valéria

Dona Francisca das Chagas Silva percebeu que sua filha Luana era uma criança diferente nos primeiros dias de vida, segundo a mãe, a criança não se mexia quando a colocava no berço, não fazia gracinhas nem demonstrava interesse em descobrir o mundo como às outras crianças. O comportamento da criança gerou uma preocupação em dona Francisca, e com razão, Luana é autista.

 O autismo é um transtorno do desenvolvimento que compromete todo o avanço psiconeurológico, afetando a comunicação, (fala e entendimento) e o convívio social, apresentando em muitos casos um retardo mental.

A mãe de Luana logo procurou atendimento especializado para a filha, com um ano de idade a criança começou a fazer fisioterapia na APAE, com dois anos passou a freqüentar o Centro de habilitação Ana Cordeiro e esse ano foi transferida para o CIES (Centro Integrado de Educação Especial), aonde vem se destacando como uma das crianças que mais evoluiu tanto no aspecto cognitivo quanto na socialização.

"A Luana chorava muito na sala de aula, não queria ficar só com as professoras, não se concentrava, não falava, hoje ela já chega e abraça as professoras, atende ao nosso chamado aprendeu a chamar titia de uma semana pra cá já chama mamãe e também   balbucia outras palavras, ela evoluiu muito apesar de ser uma criança autista". Afirma Rejane Sousa professora do CIES.

 No CIES Luana também é atendida pela psicologia, fonoaudiologia e psicomotricidade, o atendimento educacional e terapêutico que vem sendo realizado com Luana e os mais de 200 alunos do CIES tem sido de fundamental importância para a evolução e inclusão social dessas crianças.

As professoras do Centro desenvolveram uma proposta pedagógica que leva em conta as necessidades de adaptação dos alunos com deficiência, realizando assim atividades dinâmicas como aulas de campo, de artes e de informática proporcionando um atendimento completo aos alunos.

Thaisa Araújo, aluna do ensino fundamental, é uma das crianças que participa das aulas de campo realizadas pela escola, ela tem síndrome de down e assim como Luana também não falava antes de freqüentar o CIES. Agora a menina que era arredia e não se concentrava nas aulas, é considerada pelas professoras Termute Barros e Maria Francisca Rodrigues como uma das crianças que mais progrediu na escola, a menina é um orgulho para a mãe.

"Tive uma gravidez muito difícil, e demorei procurar tratamento pra minha filha, por isso que ela não fala, mas depois que começou a freqüentar os tratamentos do CIES ela melhorou muito, eu me emociono quando escuto ela chamar vovô e vovó, ela é muito amada tanto por mim quanto por meus pais", relata Maria do Socorro Araújo mãe de Thaisa.

De acordo com a Coordenadora Pedagógica, Socorro Macêdo a evolução dos alunos se deve à competência da equipe de professores que desenvolveu uma metodologia para cada aluno ao amor que dedicam ás crianças e a luta pela inclusão social.

A implantação CIES foi uma das metas estabelecidas e cumpridas pela Coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência – Ceid, que foi proporcionar uma escola publica especializada para as pessoas com deficiência mental. Com oito meses de funcionamento casos como o de Thaisa e Luana comprovam o bom resultado dos trabalhos do CIES. O CIES iniciou os seus trabalhos em 16 de abril deste ano por meio de uma parceria da Ceid e da Secretaria de Educação