Piauí inaugura quinta unidade da rede estadual de reabilitação
28/06/2006 - 00:21:03  
  
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Por Elza Muniz

O módulo de reabilitação física inaugurado nesta segunda-feira, 26, em Picos custou R$ 200 mil e vai beneficiar toda macro-região de Picos, que inclui os módulos assistenciais de 59 municípios incluindo a região de Paulistana, Jaicós, Oeiras, Simões e Fronteiras e Simplício Mendes. A unidade vai beneficiando um total de 25.065 pessoas de municípios como Bocaina, Geminiano, Paquetá, Ipiranga, Santa Cruz do Piauí, Santo Antônio do Lisboa, Sussuapara, Vera Mendes, Wall Ferraz.

A implantação da rede estadual de reabilitação é um projeto desenvolvido pelo governo do estado através da Coordenadoria para Integração da Pessoa com Deficiência (Ceid) e Secretaria de Saúde onde está sendo investido R$ 8,4 milhões. Até agora já forma contemplados os municípios de Campo Maior, Esperantina, São Pedro, Água Branca e Picos. A maior parte desse investimento está sendo destinada ao Centro Integrado de Reabilitação, onde somente na construção está sendo investido R$ 5 milhões, mais R$ 1,5 para equipamentos.

Em cada uma das 31 unidades do nível intermunicipal dessa rede de reabilitação foi investido o equivalente a R$ 97 mil reais, sendo que R$ 60 mil foi aplicado na construção do prédio, R$ 20 mil oriundo do Ministério da Saúde, foi aplicado em equipamentos de reabilitação e R$ 15 mil em mobiliário. “Em Picos, que recebe hoje uma unidade de nível 2, ou de nível intermediário, o investimento foi maior, sendo de R$ 204 mil”, informou a coordenadora da Ceid, Rejane Dias.

Esse é um projeto da Ceid em parceria com a Sesapi, aprovado pelo Ministério da Saúde que disponibilizou para a compra de equipamentos dos 33 centros de fisioterapia que estão sendo implantados no estado R$ 619.597. Nessa parceria coube ao estado arcar com 10% dos equipamentos o que equivale a R$ 68.844, além da reforma e reconstrução dos prédios onde as unidades estão sendo implantadas e a contratação de profissionais que vão atuar na rede em cada município. “A implantação da rede de reabilitação no Piauí é uma obra impar não só para a reabilitação mas também para a prevenção de novas deficiências”, lembra o ministro da saúde, Agenor Álvares.

De acordo com o governador Wellington Dias, o que justifica esse investimento no estado é a necessidade de políticas públicas de saúde que busquem atender o grande número de pessoas com deficiência do estado. Em Picos, Água Branca e São Pedro, por exemplo, são17,9%,  21,6% e 16,2% da população que respectivamente, tem algum tipo de deficiência e que são o publico alvo desse serviço.

O foco é a prevenção e a reabilitação. Trabalhamos pela inclusão dos cerca de 511 mil piauienses que, segundo o IBGE, tem algum tipo de deficiência. A meta é descentralizar o atendimento e  melhorar a qualidade de vida dessas pessoas mais carentes que precisam desse serviço.

A rede em expansão – Em breve mais sete unidades semelhantes a essas serão entregues, hoje estão em fase de construção unidades da rede nos municípios de Pedro II, São João do Piauí, Buriti dos Lopes, José de Freitas, Itaueira, Fronteiras e Jaicós. A meta é atingir 33 municípios conforme plano de regionalização da saúde. Desse total, 32 são de nível intermunicipal, um é de atendimento intermediário localizado na cidade de Picos e um será de atendimento especializado, que funcionará em Teresina no Centro de Reabilitação.

Alem de trazer atendimento especializado para as pessoas carentes, a implantação da rede está gerando emprego e renda para profissionais de saúde. Para funcionar cada uma das unidades implantadas está absorvendo profissionais de fisioterapia, que atuam diretamente na reabilitação, além de profissionais de saúde como psicólogos, assistentes sociais e auxiliares técnicos, enfim uma equipe de profissionais de saúde.

Cada uma dessas unidades da rede  tem como objetivo prevenir, eliminar ou reduzir as conseqüências de uma deficiência ou de uma incapacidade como também impedir seu agravamento.Além de oferecer atendimento fisioterápico, cada unidade da rede também funciona como coleta do teste do pezinho (Programa Nacional de Triagem Neonatal); como ponto de informações sobre as ações da Ceid e dos direitos da pessoa com deficiência e principalmente como um elo articulador de ações de prevenção contra novas deficiências atuando em parceria com ações como o Programa Saúde da Família.