Centro de Habilitação Ana Cordeiro realiza Feira Cultural
24/06/2006 - 00:11:00  
  
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Por Aline Moreira

O centro de habilitação Ana Cordeiro realizou ontem em sua sede, no bairro Tabuleta, zona sul, a VII Feira Cultural. O tema escolhido para este ano foi “Esporte e Educação”, o que garantiu um dia de diversão e atividades esportivas para os alunos e pacientes do local.

Dentro deste tema os profissionais do centro resolveram aplicar subdivisões para as três modalidades de atendimento que o Ana Cordeiro oferece. Para a educação infantil, “Educação e brincadeiras”, no ensinofundamental, “Jogos de mesa” e no EJA (Educação de Jovens e Adultos), “Futebol”.

Além de brincadeiras, campeonato de futebol, jogos, dança e karatê, a feira contou com stands onde foram expostos os trabalhos confeccionados pelos 386 pacientes atendidos no centro, que realiza tratamento de habilitação e escolaridade para pessoas com deficiência mental e doenças associadas.

A coordenadora do EJA da instituição, Lúcia de Oliveira, trabalha com jovens com idade a partir de 14 anos e destacou a importância da realização de eventos que auxiliem na socialização destes pacientes. “Alguns chegam a ter problemas com álcool e drogas por serem tratados à margem da sociedade. Por isso a importância de um evento que aborde o esporte, que além de ser de grande interesse para eles, ajuda na prevenção da marginalidade. Eles tomam como exemplo atletas famosos que levam a vida com disciplina. Além disso é muito com que eles vejam os resultados dos seus próprios trabalhos”, disse.

Para a psicopedagoga Gardênia Lacerda os resultados obtidos com os métodos utilizados no centro de habilitação são extremamente positivos, tanto que 80% dos alunos já estão inclusos no ensino regular. “A feira deu a oportunidade de mostrar trabalhos desenvolvidos por eles a partir de um projeto que chamamos de Psicoarte, que ajuda na estimulação da auto-estima, desenvolve a criatividade, a coordenação motora e auxilia na construção de uma identidade”, salienta.

A diretora do centro, Margarida do Rego ressaltou sobre a importância do evento para as PCDs. “Eles precisam se sentir estimulados a produzir, a se envolver em atividades deste tipo. Assim fica mais fácil a inclusão deles na sociedade de forma positiva”, afirmou.