Piauí discute implantação da segunda fase do programa de triagem neonatal
05/12/2006 - 00:14:39  
  
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Técnicos discutem implantação da fase 2 da triagem neonatal

Por Robson Costa

O Piauí está dando os primeiros passos para a implantação da segunda fase da triagem neonatal. Na manhã desta terça-feira (05) técnicos do Ministério da Saúde se reuniram no auditório do Hospital Infantil Lucídio Portela, com representantes da Secretaria de Saúde, Ceid (Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), Lacen (Laboratório Central), Hemopi (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí), e Hospital Infantil para repassar as orientações a fim de que o Estado se habilite para executar o programa.

A segunda fase da triagem neonatal permite identificar casos de anemia falciforme e outras hemoglobinopatias e com isso antecipar o tratamento.

“A primeira fase do programa de triagem neonatal está sendo muito boa no Piauí. Em um curto espaço de tempo o Estado se credenciou, se organizou e se expandiu de forma surpreendente para todas as regiões. Para esta segunda etapa é fundamental a discussão da rede de atendimento, por que o programa só funciona com a garantia de atendimento integral para os casos diagnosticados”, explica Tânia Marine de Carvallho, assessora técnica da Triagem Neonatal do Ministério da Saúde.

De acordo com a Coordenadora Estadual do Programa de Triagem Neonatal no Piauí, Gardênia Val, o programa já cobre cerca de 70% das crianças nascidas vivas no Estado, incluindo os exames feitos pela Apae, que cobre os nascimentos das quatro maternidades municipais de Teresina. O teste do pezinho já feito em 172 municípios piauienses.

“Agora nós queremos avançar para esta segunda fase, por isso vamos agilizar outros encontros com os parceiros do Estado para que possamos organizar a rede de atendimento. É importante essa organização para que não ocorra um estrangulamento logo no início do programa. Mas, vale destacar também que é urgente esse tipo de atendimento no Piauí”, complementou Gardênia, explicando que a meta é até o final do primeiro semestre de 2007, o Piauí esteja apto para o programa.

Antônio Macedo, diretor geral do Hospital Infantil, explica que anemia falciforme gera uma série de problemas nas crianças e causa alguns tipos de infecções, por isso é importante o diagnóstico precoce, para que o tratamento seja mais eficiente.

Tânia Carvalho informou que 10 Estados no Brasil já estão executando a segunda fase da triagem neonatal e que outros, a exemplo do Piauí, estão se organizando para implantar o programa. “Mas é preciso destacar a importância do nível de conscientização do Estado do Piauí sobre a responsabilidade que implica implantar esta segunda fase. Por que é necessário que as ações sejam descentralizadas e que o Estado esteja apto a atender as demandas, que serão muitas. E isto é um ponto de partida fundamental”, disse.