Por Calina Lopes

Sucesso total. Assim pode ser definido o V Congresso das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e do II Fórum de Auto-Defensores das Apaes do Piauí em Pedro II, 210 km de Teresina. O evento será encerrado neste sábado (17). Segundo Temístocles Gomes, presidente da Federação das Apaes no Piauí, a iniciativa de abrir o evento em Praça Pública, na noite da última quarta-feira, teve a intenção de sensibilizar toda sociedade a discutir sobre a importância da acessibilidade como caminho para inclusão social das pessoas com deficiência do Estado.

“A iniciativa de realizarmos a abertura deste evento em praça publica, servirá, com certeza, para levar o tema acessibilidade ser debatido não apenas pelas Apaes ou mesmo pelas pessoas com deficiência deste Estado, mas com essa atitude, sensibilizar toda uma sociedade para a importância desta discussão”, frisou.

A primeira dama e coordenadora geral da Ceid (Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), Rejane Dias, que participou da solenidade acompanhada do prefeito de Pedro II, Alvimar Martins e de presidentes das Federações de Apaes de outros Estados,destacou a importância da realização do evento no sentido de fortalecer o movimento Apaeano no Piauí e discutir políticas publicas que possam melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência do Estado.

“A realização de um evento como este é de inteira importância para o Estado, pois aqui será discutido o tema acessibilidade em seu sentido mais amplo e como utilizá-la como ferramenta de inclusão social. É preciso que se entenda que acessibilidade não se restringe apenas a superação de barreiras arquitetônicas, mas também abrange o acesso à educação, informação, lazer, esporte e, principalmente, mercado de trabalho”, disse Rejane.

O presidente da Federação das Apaes na Bahia, Pedro Pereira, elogiou a realização da abertura do congresso em praça pública e destacou a importância da presença de representantes dos poderes municipal e estadual. “Aqui estamos presenciando uma demonstração clara de civismo, pois vemos a preocupação dos governos municipal e estadual no sentido de trabalhar políticas publicas para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência do Piauí. Saio daqui muito feliz por ver que toda sociedade esta sendo sensibilizada para a discussão deste tema com a iniciativa de abrir esta solenidade em praça pública”, acrescentou.

Diversas palestras sobre temas como inclusão educacional, estiveram orientando os participantes a buscar a inclusão educacional das pessoas com deficiência seguindo as diretrizes nacionais da educação especial que decretam que as pessoas com deficiência devem ser incluídas em escolas regulares, com o apoio de escolas especiais.

Para a professora Gracilene Souza, que pela primeira vez que participava de um evento como esse, a importância de discutir temas como a educação inclusiva para levar mais informação e conhecimento para quem trabalha com crianças com necessidades educacionais especiais “Hoje eu, que trabalho na Apae de Esperantina, estou com base para defender a inclusão educacional de crianças com deficiência nas escolas regulares, pois existe um preconceito muito grande que elas não podem acompanhar o ensino regular, mas nós sabemos que elas têm capacidade sim”, defendeu”.