Por Aline Moreira

Estabelecer relações de cooperação entre dois centros de pesquisa norte-americanos e entidades ligadas a pessoas com autismo no Brasil. É esse o objetivo do geneticista americano, Thomas Morgan, que está no Piauí e visitou a Associação de Pais e Amigos de Autistas (AMA) esta manhã.

Morgan representa as universidades Yale, de Connectcuti e Washington University, de Sant Louis, nos EUA e vem desenvolvendo pesquisas sobre as causas do autismo, através de estudos genéticos em famílias que possuem casos da deficiência. No Piauí, a AMA será seu objeto de estudo.

No Brasil, ele conduz as pesquisas com o apoio do Instituto de Estudos do Genoma Humano, em São Paulo, que tem como suporte os centros de pesquisa americanos, que entram com as tecnologias especiais disponíveis nos Estados Unidos.

Thomas conta que já realizou parcerias com a Universidade de São Paulo e com a ONG (Organização Não Governamental) Casa da Esperança, em Fortaleza. Agora, a intenção é estabelecer esta parceria também no Piauí. "Essas parcerias são importantes porque envolvem doações para as instituições, que geralmente vivem disso. Queremos também motivar empresas privadas a fazerem estas parcerias com as instituições. É bom para elas, que terão seus nomes vinculados a centros de pesquisas internacionais", explica.

Segundo a psicóloga cearense, Varenka Leão Soares, especializada em desenvolvimento infantil e que acompanha o geneticista na visita ao Piauí, hoje o tratamento mais eficaz para o autismo é a análise aplicada de comportamento. "Utilizamos técnicas que trabalham a análise funcional do comportamento e técnicas que facilitam a integração. Não se pode falar em cura para o autismo, mas esse tratamento age como agente facilitador", disse.

A psicóloga garante que a ONG Casa da Esperança, da qual faz parte, já recebeu inúmeros benefícios, por isso a importância desta parceria. E o Piauí pode ser o próximo estado beneficiado.