Musicoterapia como parte da reabilitação
15/09/2006 - 00:12:40  
  
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Musicoterapia auxilia na reabilitação de pacientes com algum

Por Aline Moreira

Hoje é comemorado o dia do musicoterapeuta. A profissão ainda é pouco explorada no Piauí, mas a tendência é que a atuação desse profissional aumente nos próximos meses, já que a Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Ceid), através de uma parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), vem investindo neste campo, por conta da criação do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), que oferecerá o serviço.

A musicoterapia utiliza a música, sons, ruídos e vibrações em ambientes diferentes. Os impulsos provocados pela música no cérebro repercutem em todo o corpo e a partir disso os especialistas conseguem desenvolver terapias específicas para doenças físicas e mentais e também para gerar bem-estar.

Além disso, pode promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.

Segundo a musicoterapeuta Nydia do Rego Monteiro, a terapia pode facilitar a entrada de outras terapias, outros profissionais no tratamento, por causa da resposta rápida e da possibilidade de interação. “É uma terapia prazerosa. Podemos atuar desde o ambiente de saúde, a empresas e escolas, nos alunos com dificuldade de aprendizado ou distúrbios de conduta. Na AACD, quando participei da capacitação, vi que existem grupos de terapia que unem musicoterapeutas com fonoaudiólogos, por exemplo, para tratamentos mais complexos. Podemos fazer isso aqui também”, disse.

Ela explica que a musicoterapia é de extrema importância também na reabilitação de pacientes com limitação motora, já que a música atua no tônus muscular e nos dois hemisférios cerebrais, por isso pode estimular áreas lesadas por traumatismos ou problemas genéticos. “Podemos tratar de pacientes vítimas de acidente vascular encefálico, por exemplo, de Alzheimer e de tantas outras enfermidades. O campo é muito amplo e tem uma necessidade extrema no Piauí, que possui 17, 5% da população com algum tipo de deficiência. Por isso a importância de se investir na área”, conclui.