Dez dos maiores medalhistas paralímpicos do Brasil agora têm suas histórias contadas na obra Para-Heróis, da jornalista Joanna de Assis. Repórter do SporTV, ela reuniu no livro-reportagem o perfil dos profissionais do esporte. Ficou por conta de Tiago Leifert o prefácio. "O paratleta tem algo de diferente, uma predisposição a fazer o que parece impossível, a reinventar as funções do corpo e do cérebro", explicou, no texto, o apresentador do Globo Esporte.

Ao acompanhar os atletas em competições, Joanna ouviu as histórias para construir a narrativa do livro. De acordo com a jornalista, a ideia é dar ângulo diferente aos relatos. Em meio a seus personagens, alguns já nasceram com deficiência e outros tiveram que aprender a lidar com a situação de ter um membro decepado, por exemplo.

Entre os casos inspiradores do livro, há o de Rosinha, que Joanna descreve como uma das pessoas mais felizes que já conheceu. "Sorri por qualquer motivo, sorri porque sabe o bem que faz sorrir. Mostra os dentes brancos que contrastam com sua pele negra brilhante com uma energia de raros. Seus desejos são tão simples que no dia em que foi atropelada por um caminhão e teve sua perna esquerda esmagada, Rosinha mal chorou”, escreveu a autora.

Há também a história do paraense Alan Fonteles, que com menos de um mês de vida perdeu as duas pernas e enfrentou um quadro grave de pneumonia. Hoje, ele é o velocista mais rápido do planeta, desbancando o maior ídolo que a paraolimpíada já teve, o sul-africano Oscar Pistorius.

O nadador Clodoaldo Silva, por sua vez, reúne vitórias constantes ainda que tenha paralisia nas pernas. Além dos inúmeros pódios, ele cita na obra que a sua maior conquista é a primeira filha, Anita, nascida em 2008.

O lançamento do livro da jornalista aconteceu ainda neste mês, no dia 11, em São Paulo, na Livraria Cultura Market Place Shopping Center.

Fonte: Portal Comunique-se