Assistência e solidariedade: Apae Piauí atende a mais de 300 pessoas com deficiência
05/08/2014 - 08:35  
  
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Por Lorenna Costa


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Prestar assistência gratuita à Pessoas com Deficiência (PCDs) intelectual e múltipla da audiocomunicação visando o seu desenvolvimento e inclusão na sociedade. É esse o objetivo do trabalho realizado há 46 anos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Piauí (Apae PI), uma entidade filantrópica que hoje atende mais de 300 cidadãos, dentre crianças, jovens e adultos.

Na sede da entidade, um amplo espaço oferece aos pacientes diversas atividades de reabilitação. Dentro dos três eixos (saúde, educação e assistência social) trabalhados na Apae, as PCDs têm acesso aos mais variados setores, que vão do atendimento médico especializado à prática de esportes, atividades culturais, projetos e oficinas que trabalham o desenvolvimento de suas habilidades, autonomia, identidade, independência, autoestima, dentre outros.

“No eixo da saúde, trabalhamos via Sistema Único de Saúde com uma equipe multidisciplinar, onde temos profissionais especialistas em pediatria, odontologia, fisioterapia, psicologia, educação física, entre outros. Na parte educacional atuamos com a assistência especializada e na vertente da assistência social prestamos orientação às famílias dos pacientes para que possam agir com todos os cuidados necessários, possibilitando que o indivíduo se socialize e tenha uma boa qualidade de vida” esclarece a presidente da Apae, Ângela Gaioso.

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Através do acompanhamento diário na entidade, a evolução dos pacientes pode ser notada em pouco tempo. É o caso, por exemplo, do pequeno Weslley Gabriel, que possui Autismo Clássico Moderado. O menino de 4 anos freqüenta a Apae há pouco mais de um ano e, de acordo com a mãe, já desenvolveu muitas habilidades. “A melhoria das suas funções motoras foi surpreendente. Ele passou a sentar e levantar sozinho, desenvolveu a fala, perdeu comportamentos inadequados, ficou mais atento e diminuiu a hiperatividade”, relata Marília Lopes.

Já Magnaldo Gomes, que teve Paralisia Cerebral quando criança, ingressou na entidade há 26 anos, quando ainda não conseguia andar ou falar. Hoje, aos 36, compõe o corpo da diretoria da Apae e atribui sua sobrevivência à entidade. “Foi pela assistência aqui prestada a mim durante toda a vida que pude conseguir o que quis e assim ser alguém. Sem isso, provavelmente não teria resistido. Agora tenho sonhos concretizados e planos que tenho certeza que realizarei”, conta o Conselheiro Fiscal.

Neste mês, do dia 21 à 28, a Apae realiza uma ação alusiva à Semana da Pessoa com Deficiência Múltipla e Intelectual. Apresentações artísticas, shows musicais, jogos, passeios e bazares, no qual os pacientes expõem e comercializam as peças produzidas na entidade, fazem parte da programação do evento, que é aberto ao público.

Apae Piauí

Fundada em 04 de junho de 1968, por iniciativa do profº. João Porfírio de Lima Cordão e da sua esposa, profª. Maria do Socorro de Sá Lima, a Apae Piauí é pioneira na assistência à Pessoa com Deficiência. Pais de um filho com deficiência intelectual e múltipla, os professores procuraram tratamento no Estado do Rio de Janeiro, onde observaram o funcionamento da entidade e fundaram uma em nível de Piauí, que desde então presta assistência às pessoas com tal deficiência.

No Piauí, a sede da Apae funciona em Teresina, no Bairro Piçarra, Zona Sul da Capital. Há ainda outra Apae localizada no bairro Cabral, que atende especificamente às Pessoas com Deficiência auditiva. Ambas são mantidas com recursos provenientes de convênios para prestação de serviços, contribuições de associados, doações e realização de campanhas e eventos beneficentes.