Fórum debate educação inclusiva em Pedro II
03/09/2006 - 00:13:06  
  
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Fórum de Pedro II

Por Ubiracy Sabóia

O I Fórum de Pedro II sobre Educação Inclusiva, que aconteceu neste final de semana no município, localizado a 200 quilômetros ao norte de Teresina, reuniu 200 profissionais de educação e foi considerado um sucesso. O evento foi realizado no Centro Paroquial São José Operário com o objetivo discutir as formas de incluir a pessoa com deficiência no sistema de educação.

A abertura do evento foi na sexta-feira (01), com uma solenidade e uma apresentação artística da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae. Segundo a diretora da Apae de Pedro II Maura Teixeira o fórum foi bem proveitoso, para que se discuta o acesso da pessoa com deficiência à educação. “Hoje a Apae em Pedro II atende 111 pessoas com deficiência e este fórum é importante para que o atendimento educacional seja ampliado”, ela explicou que 27 pessoas com deficiência estudam nas escolas da cidade.

O presidente da Federação Estadual das Apaes – Temístocles Gomes Pereira também participou do fórum e afirmou que o evento foi um preparativo para o Encontro Estadual das Apaes do Piauí, que acontecerá em novembro em Pedro II. Ele afirmou que estes momentos são importantes para que sociedade possa refletir como se pode avançar no desenvolvimento com responsabilidade social. ”A responsabilidade do terceiro setor é esta, reivindicar ações do Governo, para a melhoria da qualidade de vida, no caso das pessoas com deficiência”. Para ele a partir da reivindicação dos setores da sociedade o governo promove as mudanças necessárias.

Coordenador de Acessibilidade de Coordenadoria de Estadual para a Inclusão do Portador de Deficiência CEID, Mauro Eduardo Silva falou sobre o decreto-lei 5.296/04 que dispõe acessibilidade para as pessoas com deficiência. “A acessibilidade não se resume em adaptar prédios e locais públicos com rampas para os deficientes”. Para ele o conceito vai mais além, “é sim um conjunto de ações que permitam que essas pessoas tenham acesso aos serviços públicos e privados”.

Mauro Eduardo exemplificou que existe uma lei no Estado que garante no mínimo 3% das residências construídas pela Companhia de Habitação do Estado do Piauí sejam destinadas para as pessoas com deficiência.

Roberto Rocha, gerente de Projetos da CEID, frisou que os projetos da coordenadoria é fruto de pesquisas para atender as pessoas com deficiências. Ele exemplificou com a capacitação de 2,5 mil agentes de saúde para prestar um atendimento para os deficientes. “A Secretária de Saúde capacitou para que eles possam atender e encaminhar corretamente os casos de pessoas com deficiência”.

Fechando a programação do sábado a defensora pública Rischesmy Líbório falou sobre a legislação que ampara as pessoas com deficiência. Ela citou que existem garantias para os deficientes como benéficos do INSS, o acesso à educação e ao transporte.

Segundo a defensora, muitas vezes as pessoas com deficiência não sabem dos seus direitos e o amparo que a lei proporciona. “Muitas pessoas não sabem que os deficientes, que tem baixa renda têm direito a um beneficio do INSS”, frisou. Ela pontuou que a Defensoria Pública vem fazendo um importante trabalho na garantia dos direitos das pessoas com deficiência.

O Fórum de sobre Educação Inclusiva foi encerrado hoje (03) pela manhã